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A busca pelo conforto natural: insolação e ventilação

Updated: Feb 3

Por Bruno Gobi


Tem crescido cada vez mais as reformas em casas ou apartamentos e a procura por terrenos em zonas residenciais das cidades brasileiras. A grande influenciadora destas mudanças de hábitos é a crise sanitária que convivemos atualmente. A pandemia confirmou que a necessidade de ambientes com incidência solar e ventilação são determinantes para viver bem, principalmente para reduzir problemas respiratórios.


A arquitetura e o urbanismo moderno aqui no Brasil – nas primeiras décadas do século XX – com Gregori Warchavchik (1896 – 1972), Flávio de Carvalho (1899 – 1973), Lúcio Costa (1902 – 1998), Oscar Niemeyer (1907 – 2012), Affonso Eduardo Reidy (1909 – 1964), entre outros tantos nomes importantíssimos, já pregava a racionalidade, o conforto, a ventilação cruzada e a boa iluminação nas construções com soluções inovadoras.


Não podemos esquecer, por exemplo, do anúncio que Flávio de Carvalho fazia, ainda em 1938, para o conjunto de dezessete casas que o artista projetou na esquina entre as alamedas Lorena e Ministro Rocha de Azevedo, em São Paulo: “Frias no verão e quentes no inverno”. As casas ainda vinham com manuais de instrução para conseguir atingir o melhor conforto térmico possível. (imagem 1)


O aumento da temperatura média no planeta devido ao aquecimento global, obviamente, interfere para as soluções práticas em resolvermos os problemas térmicos nos projetos de novas residências, mas uma construção mal implantada no terreno, com estudos insatisfatórios das aberturas, dos materiais e dos ambientes prejudica ainda mais o seu conforto interno. Além disso, hoje existem diversos produtos e materiais sustentáveis com baixo custo energético, que reduzem a emissão de CO² e que têm resistência construtiva igual ou superior aos materiais convencionais.


Um bom projeto influencia no conforto da sua casa e de sobra pode reduzir os impactos ambientais.



Imagem 1. Panfleto com dicas de uso do conjunto de casas - Flávio de Carvalho.

Fonte: São Paulo antiga, 2011

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